...mas isso é filosofia, a vida é outra coisa...

sexta-feira, novembro 19, 2004

Tenham calma, ainda estou aprendendo a escrever.

Aula de Química

- Ai que saco, nada pra fazer.
- É.
- Essa aula que nunca termina.
- É.
- Não tô entendendo nada que esse idiota tá falando.

- É.
- Também, eu nem estudei em casa.

- É.
- Nem fiz esses exercícios.

- É.
- Deve ser por isso que eu tô boiando.

- É.
- É melhor eu arrumar alguma coisa pra fazer.

- É.
- Tem alguma idéia?

- É...
- Bem lembrado! Dever de geografia!
- É.
- Vai dar pra fazer uns 15 nessa aula chata.

- É.
- Muito obrigada. Foi muito bom conversar com você.

- É.
- Você é um amor, sabia?

- Não.
- Não mesmo?

- É.

terça-feira, novembro 16, 2004

Sabia que a Maitê Proença é colunista da Revista Época?
Não acredita:
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,,EPT765163-1667,00.html

Agora sim estou animado a escrever.

PS: que raciocínio mais infantil essa menina tem!

segunda-feira, novembro 15, 2004

Não podia deixar de informá-los. Morreu neste último domingo(14/11) um anão muito querido de todos nós, o Sr. Deputado Federal João Alves(BA). Um homem sério, que nunca brincara em serviço, e que atribuía sua riqueza à uma série de 200 bilhetes premiados nas loterias.
Sorte? Não venha com uma blasfêmia dessa para perto de nosso querido deputado! Como ele mesmo dizia: “É que Deus me ajuda e eu ganho na loteria toda semana”.
O link da notícia é:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u65700.shtml .

Acompanhem abaixo seus últimos momentos:

Epílogo de um anão do orçamento

- Boa tarde em que posso ser útil? – disse S.Pedro, em mais um dia de trabalho na recepção do céu.
- Boa tarde meu nobre colega! Gostaria de solicitar admissão nesta admirável instituição celeste.
- Político brasileiro – disse então Ironiel, o anjo, ao querubim guardião dos portões celestiais – chegam na maior simpatia e logo vem querendo empurrar um suborno! Onde já se viu isso??? Subornar um santo com dinheiro! Se pelo menos viessem com uma licitação...
- Adoraria conceder sua admissão, nobre colega. Diga-me seu nome, por favor. – continuou dizendo S.Pedro ao homem.
- Deputado Federal João Alves, do grande Estado da Bahia – ressaltando as sílabas tônicas das palavras “Federal” e “Bahia”.
- Espera que eu já vou abrir o livro aqui...Alves, Antonio...Alves, Tiago...odeio esta classificação de sobrenome primeiro, quem foi o idiota que inventou isso?... Alves, Tatiane...sim, achei: Alves, João, deputado federal.
- E o que está dizendo aí?
- Aqui diz que o senhor era um anão, não me parece – indagou S. Pedro.
- Como as informações são distorcidas!!! Aposto que digitaram errado, essas secretárias! Era pra ter saído anjão. Eu era um homem abençoado, Deus sempre me fazia ganhar na loteria.
- Desculpe, não sabia que o senhor era tão importante, espera que vou chamar seu acompanhante.
Alguns momentos depois, um senhor de paletó e gravata italiana, aborda o deputado, que ainda aguardava o Santo no guichê da portaria.
- Boa tarde! Sou seu acompanhante, o Senhor poderia me acompanhar?
- Claro, pra onde vamos?
- Para o nosso cassino.
- Cassino??? Esse paraíso é melhor do que eu pensava...
- Ficamos sabendo do seu dom de ganhar na loteria toda semana e gostaríamos de contratá-lo.
- Com muito prazer senhor...senhor...como é mesmo seu nome?
- Mephistópheles, ao seu dispor.
- Bem, senhor Mephistópheles, eu cobro caro.
- Foi praticamente eu que inventei o Dinheiro, Sr. Deputado.
E riram, enquanto caminhavam para um elevador ao lado do guichê. Após alguns minutos de uma conversa animada sobre os destinos da política brasileira chegaram aos pés de um grande monte, cheio de ossadas humanas, corpos dilacerados e bilhetes de loteria rasgados e vencidos.
- Esse é o seu local de trabalho, deputado.
- E qual minha função? – perguntou, já meio desconfiado.
- É o seguinte, meu netinho, Grijózim, perdeu o bilhete de estimação dele aqui nessa bagunça. Gostaria que você o encontrasse para mim.
- Mas a montanha é gigante e está coberta de bilhetes!!!
- Com a sua habilidade de sempre achar o bilhete premiado não vai ser problema! Grijozim, gordim de vovô, vem cá!
Um ogro de 3 metros de altura por 4 de largura, comendo uma coxa de boi frita e trajado com apenas uma tanga estilo Conan, apareceu por detrás de uma pedra. Ele ficou parado, à poucos metros do deputado, comendo sua coxa de boi enquanto olhava com um olhar antropófago para o nobre congressista.
- Um conselho: ache logo esse bilhete. Grijozim está sem namorada a alguns anos. E ele é como eu, ama homens mentirosos. – disse-lhe Mephistópheles.
Um sorriso terrivelmente romântico apareceu na face do monstro, para desespero de João Alves, que só agora entendera a merda que fizera na Terra.

domingo, novembro 14, 2004

JW e o homem da pistola de ouro

JW é um sujeito simples. Um simples xerife do Estado da Loisiana(ou Lousiana, ou Leidiania) que junta dinheiro a vida toda para poder passar sua segunda lua de mel em algum lugar exótico do mundo com sua linda, e gorda, esposa. Enfim, foram para Macau.
Quando estavam viajando em um daqueles barquinhos, cheios de turistas norte-americanos, pelo interior da ilha, vendo a pobreza e o matagal da floresta tropical do pacífico, sua esposa disse algo estupefante:
- Amor, temos que comprar um desses elefantinhos de madeira.
- Elefantes! Marta, nós somos democratas!
E fim.

Se o filme do 007 tivesse sido só com esses dois teria sido muito mais legal.

sábado, novembro 13, 2004

Nada melhor do que abrir com a morte. Por isso estou publicando esse singelo texto feito em memória ao Mister Yasser Arafat, um grande homem que, com toda a sua lábia, conseguiu fazer com que muitos jovens, com todo o seu futuro pela frente, dessem sua vida em favor de uma causa. Enquanto ele, o líder, morria confortávelmente em um hospital ao sul de Paris. Só pra desencargo de consciência, o texto foi feito por mim, eu mesmo, minha própria pessoa, esse que vos fala.

Epílogo de um homem de turbante

De repente, um murmurinho na fila do céu. Sim, caso você não saiba, há uma fila pelo qual todos os mortos passam para poder pedir admissão no céu à São Pedro.
- O que está acontecendo aqui? – disse o santo, acostumado com a paz celestial.
- Eu exijo ser atendido! Um líder da minha envergadura não pode ficar em uma fila! – disse um homem de turbante e óculos escuros, o causador do murmurinho.
- Com Hitler foi a mesma coisa – disse Ironiel, anjo assistente de São Pedro, discretamente, a um querubim guardião das portas do céu.
- Tudo bem, tudo bem. Vou atendê-lo agora, Sr. Autoridade. Qual é o seu nome, por favor? – retrucou São Pedro, já gostando da brincadeira.
- Yasser Arafat. Chefe da autoridade palestina.
- Espera... deixa eu abrir o livro dos mortos... merda de índice alfabético...Aramis...já falei pro pessoal da logística arrumar um computador... Araã.. cada nome que me aparece...
- Anda logo que as minhas trinta e oito virgens me esperam. E também quero uma audiência com Maomé, Abraão e Alah.
- Achei: Arafat. Vejamos sua ficha...terrorista...matou judeu...matou cristão... espera aí que eu vou ver se suas virgens já estão prontas – e saiu, com um sorriso demoníaco na face.
Quinze minutos depois.
- O senhor me desculpa, mas as virgens estão reservadas para os homens-bomba. Mas não se preocupe, esses dois senhores vão te acompanhar até seu prêmio.
- Rabin! Reagan! Que saudade meus hamigos! – disse Arafat, abraçando-os alegremente.
- Venha Arafat, vamos te levar ao seu prêmio.
E os três desceram de elevador, afinal, ele era o chefe da OLP e também merecia respeito.
Chegaram nos pés de uma grande montanha, cheia de corpos dilacerados, ossadas expostas e cd’s da Xuxa. Sim, era o inferno.
Trinta e oito homens, nus e em estado extremo de ereção, lhe aguardavam no pé da montanha.
- Mas que pouca vergonha é essa??? O alcorão diz que... – disse o moralista Arafat.
- Nós estávamos te esperando, Mestre! – disse um dos homens.
- O senhor disse que teríamos trinta e oito virgens depois que nos matássemos. Como elas não vieram estávamos esperando alguém para nos “ajudar”.
- Sabia que faz um calor infernal aqui? – disse o homem que explodiu um ônibus com vinte criancinhas da Judéia.
- Espera, espera! O alcorão diz q... – disse Arafat, assustado.
Itzhak Rabin e Ronald Reagan arriaram suas calças.
Foi a primeira vez que Arafat não conseguiu, mesmo que tenha tentado no início, impedir uma incursão estrangeira em seu território sagrado.

sexta-feira, novembro 12, 2004

Antes de mais nada gostaria de dizer que:
tá dominado, tá tudo dominado!

Sei que bowen fez disso aqui um lugar muito filosófico e poético. Bem, comigo agora, vocês vão "discubrí" o que é literatura de verdade.